O dia é frio, mas as cores da decoração são sempre quentes. Tons variados de vermelho. Rosas e candelabros da mesma cor. A chama e a luz das velas destacam dois corpos em uma penumbra proposital. O tempo parado, o coração descompassado, a respiração... o diafragma, um mantra em fluídos quase mortais.
Lá fora, mendigando, almas perdidas pelo mundo. Metade delas, na verdade, procurando seu “meio par” (ou um par e meio). Algumas exalam ciúmes, raiva, outras somente tranqüilidade. Exalam ócio sentimental, preguiça, esforços em vão, energia potencial.
Depois do dia dos namorados, vem o dia de Santo Antônio – o santo casamenteiro. Preces, castigo pra imagem, simpatias. Nem todo enamorado quer casar, nem todo enlace tem namoro e nem toda relação é regra.
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